PARTE 2
A BRIGA COM O SEPULTURA
Agora, abrindo um aparte, um dos fatos mais conhecidos e que não pode deixar de ser citado é a famosa briga do SARCOFAGO com os membros do SEPULTURA. Verídicas ou não, existem várias histórias a respeito da saída Wagner do SEPULTURA. Seguem algumas:
*Gerald INCUBUS diz ter ouvido uma história sobre Wagner ter roubado uma “namoradinha” do baixista do SEPULTURA, Paulo Xisto;
*Max Cavalera, em seu livre “MY BLOODY ROOTS” alega que Wagner se apropriou de alguns materiais – cabos, etc. – do local de ensaio do SEPULTURA para vender;
*Jairo Guedz, ex-guitarrista do SEPULTURA conta, em várias entrevistas, que foi ele quem pediu para que Wagner fosse “tirado” da banda, como condição para se tornar membro da mesma. O motivo era que o mesmo ficava “zoando” e não levava os ensaios da banda a sério, e que isso atrapalharia o desenvolvimento do SEPULTURA.
*Outra história relatada por Geraldo é de que quem fomentou as brigas entre Max e Wagner foi Silvio Bibika, manager do SEPULTURA, o qual, supostamente, queria assumir o lugar de Wagner como vocalista da banda.
O fato é que a entrada de Wagner no SARCOFAGO fez com que a desavença com o mesmo, se estendesse aos demais membros da banda, que até então eram amigos dos integrantes do SEPULTURA, inclusive dividindo ensaios e tocando juntos no famoso “METAL BH I“3.
Um membro do SARCOFAGO, – não se sabe precisar qual, pois na matéria ele responde pela banda – entrevistado pela revista METAL, no ano de 1987, inclusive relata que a banda tentou reatar a amizade entre as duas bandas, pregando uma foto de todos juntos na gravadora das bandas, a COGUMELO RECORDS, com a legenda “tomara que um dia volte a ser assim.”
Fato é que ambas as partes hoje referem-se á briga como coisa de adolescentes. Vias de fato, pelo que consta aconteceram apenas 02 vezes, uma em que o manager do SEPULTURA, Silvio Bibika entrou e embate físico com Wagner e a outra, quando Eduardo D.D. Crazy deu um golpe com uma garrafa na cabeça do então novo guitarrista do SEPULTURA, Andreas Kisser.
OS QUATRO CAVALEIROS DO METAL EXTREMO
A respeito da formação clássica da banda, por um curto período de tempo – cerca de 03 meses – Gerald INCUBUS saiu para tocar com a banda hardcore FREAX, retornando em seguida. Nesse período ele foi substituído por Juninho PUSSY FUCKER, que foi membro do INSULTER. Já Eduardo D.D. CRAZY4 saiu no final de 1985 para acompanhar a família, que foi residir no interior do estado, na cidade de Juiz de Fora, sendo substituído por Armando LEPROUS. Quando sua família retornou a Belo Horizonte, D.D. CRAZY foi tocar com a banda INSULTER, retornando ao SARCOFAGO quando Armando LEPROUS optou por integrar o HOLOCAUSTO. Para quem perguntar por que Zéder BUTCHER não acompanhou a família nesta mudança de cidade, o fato se deu devido ao mesmo já estar em idade de prestar concurso vestibular.
Uma curiosidade a respeito da banda FREAX é que o guitarrista Saulo, foi um dos guitarristas do PAINED.
Vale citar também que, na época dessa curta saída de Geraldo, a banda já trabalhava clássicos como “Nightmare”, “Satanas”, “INRI”, entre outras.
O visual, levado ao limite do extremismo, também já existia. A respeito do visual brutal do SARCOFAGO, segundo os próprios membros da banda, o Corpse Paint sofreu influencias, em primeiro lugar, do KISS e de ALICE COOPER, mas também de SLAYER, HELLHAMMER e CELTIC FROST. Segundo Wagner ANTICHRIST citou em uma entrevista a foto mais Black Metal que ele já viu é de Gene Simmons, baixista e vocalista do KISS, na capa do álbum “Kiss Alive III”, onde este aparece vomitando sangue!
Ainda a respeito do visual, outra curiosidade é que os braceletes e perneiras de pregos e, também, os cinturões eram feitos artesanalmente, pelos membros da própria banda! Os pregos teriam sido comprados em lojas de material de construção e muitas das balas de alguns dos cinturões eram pilhas pintadas!
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