RUTH BELLIARTH – Mulheres No Underground

"Mergulhar no desconhecido profundo em busca de conhecimento é escarnecer qualquer tipo de regra que possa nos limitar ou nos pausar.''

Lucy's Women

A condessa Belliarth desde muito nova, já demonstrava interesse por instrumentos musicais.Quando criança, seu pai lhe presenteou com uma harpa, onde a partir dali foi despertando o seu interesse para outros instrumentos, e pela música em sua forma mais profunda.Na adolescência, foi descobrindo diferentes caminhos para vários estilos dentro do underground através de amigos em encontros na saída da escola, que iam se solidificando com o passar do tempo,frequentando shows locais e ensaios de bandas.

Antes de se tornar Onoskelis, Ruth Belliarth fez parte de outro projeto (banda) chamado Nembroth, seguindo em atividade por algum tempo.Em 1996, Onoskelis ganhou vida e forma. Possivelmente, o primeiro registro dungeon synth feito por uma mulher e talvez, o primeiro feito no Brasil. Oriunda de Brasília-DF, foi pioneira com um som atmosférico e soturno com temática pagã e posteriormente mesopotâmica. No ano seguinte, em 1997, foi realocada em Governador Valadares- MG, para integrar a banda Intellectual Moment, como guitarrista e uma das fundadoras.No mesmo ano, é lançado o primeiro registro do projeto Onoskelis, uma fita demo intitulada “The Golden Temple of Onoskelis”. Entre os reinos do dungeon synth e do dark ambient, a fita se tornou um item cultuado e precursor, cheio de personalidade e nuances. No mesmo ano, foi lançado uma outra fita cassete PROMO, intitulada “The Hecate Prophecies in your Cold Throne”,com músicas e ideias embrionárias do que imaginava para seu primeiro álbum.

Mas, infelizmente, devido às circunstâncias da vida, o projeto Onoskelis teve que passar por um longo período de hibernação, retornando somente em 2022. O renascimento começou com os relançamento dos materiais de 1997, agora completamente cultuados no meio, primeiro na Europa (em k7 pela White WolfProductions), depois nos EUA (em k7 pela Ancient Meadow Records), e por fim, no Brasil (em vinil pela Galafoice). Na sequência, a Condessa iniciou o processo de gravação do seu tão esperado primeiro álbum. Um trabalho que carrega tudo que permeia seu universo, desde os primeiros anos ainda como uma adolescente, até a sabedoria presente de uma mulher que já travou muitas batalhas. Com a produção de Gregoree Jr., o que algumas vezes foi registrado de forma rudimentar, agora foi traduzido com todo o esplendor devido. Não mais restrita ao nicho do dungeon synth, o trabalho, intitulado “Before Ishtar’s Portal” traz elementos cinematográficos e influências da música neoclássica.

O disco já possui uma edição brasileira em CD pela Mutilation Records e B.Hearts Records, e futuramente será lançado em vinil, na China pela Goatowarex. Quem teve o prazer de escutar o álbum, já o considerou como um dos melhores registros de 2023, onde várias positivas reações e avaliações o colocam na mesma prateleira de artistas como: Dead Can Dance, Arcana, Loreena Mckennitt, trilhas sonoras de grandes destaques, entre outros renomados artistas do universo, que compõem o mesmo cenário atmosférico,ritualístico, mágico e de estética com essência bela e obscura.

Além da vasta evolução e amadurecimento musical de Onoskelis, Countess Ruth Belliarth, traz uma nova visão que envolve além de sua dedicação, a versatilidade com os teclados, vocais mais trabalhados e intensos, uma linha de performance que abraça com profundidade, a mística que é conduzida para seus vídeos e apresentações ao vivo, ornada de vestimentas e paramentos dignos de uma Deusa, ou pq não dizer “várias Deusas”, a quem Onoskelis direciona frontalmente seus trabalhos desde o início. Com toda a originalidade que a artista faz questão de agregar as suas composições e materiais áudio visuais, todas as vezes em que Onoskelis é citada, já nos vem à mente, algo original, autêntico, de muito bom gosto, já antecipando  uma clara curiosidade do público.

Esta característica original fincou -se contundentemente em sua primeira aparição na live espanhola “Mazmorra Arcana”, onde foi Headliner do festival, destacando -se também como a única presença feminina em palco, precursora e brasileira do estilo.Sua apresentação neste festival, trouxe para Onoskelis uma visibilidade única,já que a partir dali, a mesma estaria trilhando  por prazerosa escolha, um caminho onde, mais uma vez, adentraria em um universo com sua própria assinatura e identidade musical.

Espere muito mais da Condessa no futuro, com algumas apresentações ao vivo e quem sabe, novos trabalhos.Countess Belliarth não é o tipo de pessoa (artista) que anuncia seus planos.Ela trabalha em silêncio e sempre nos surpreende…

Ruth Belliarth : “Mergulhar no desconhecido profundo em busca de conhecimento é escarnecer qualquer tipo de regra que possa nos limitar ou nos pausar. Minha filosofia de vida consiste em ouvir meu eu interior, justamente, aqueles pensamentos que passam como brisas desapercebidas no tecido do tempo. São sutis mas sempre trazem um significado e/ou uma mensagem. Desde quando aprendi a me ouvir, raramente me enganei. Trago isso para todas as esferas de minha vida. Olhar de águia, sabedoria de coruja e atitude de serpente sorrateira. Acreditar em si, sem esperar por ninguém. Fazer o meu e seguir…”

 

 

CONTATOS:

BANDCAMP: https://onoskelis.bandcamp.com/

INSTAGRAM: @onoskelis_official 

 

Ruth Belliarth é: One Woman Band   NeoClassical Dark wave de Brasília- DF