A horda está em atividade desde 2017, e desde sua formação conta com um poderoso trio. Hoje, composto por guerreiras. Como se deu a união deste trio?
Saudações Lucifer Rex Magazine!!!, Por aqui Deathcrusher of the Blackened Burning Skies, vocais e baixo da INFAUSTES. A banda, desde o início, sempre foi um trio, começamos a tocar com um querido amigo Ricardo que resolveu tomar um rumo diferente, como nossos guitarristas posteriores, até encontrarmos um ponto de união que consolidasse a banda, juntando-nos à nossa guitarra atual, já dando moldar o que queríamos alcançar como o conceito da banda em si, com a guitarrista atual “3rd Crowning of the 7th fire demons of Blokula Black witch and Destructor”.
A capital Paraguaia guarda algumas semelhanças com a capital brasileira. Assim como Brasília, Assunção não pertence a nenhum estado porque é um distrito capital independente. Vocês já tiveram a oportunidade de está em terras Brasileiras, inclusive em apresentação. Com o contato e pelo que conhecem, acreditam que temos estas semelhanças dentro do underground também?
Eu acho que a cena brasileira é bem diferente da cena paraguaia, cada cena tem suas peculiaridades, mas definitivamente como o Brasil é um país muito maior, também tem uma cena underground muito ampla, já para o Paraguai é uma cena pequena, eu pensar O que se deve notar é que o compromisso com o underground, por mais diferenças que haja em termos de quantidade, é uma linguagem universal que está presente em todos os países, e é aí que reside o ponto de união entre o Paraguai e o Brasil em termos do metal extremo.
Sonoramente, pode-se citar bandas Brasileiras que ajudaram e ajudam a formar o som BLACK/DEATH da Infaustes. Tais como; Sarcófago, Mutilator, Sepultura, Holocausto…Nem sempre foi um som direto black/death, existe uma modificação sonora desde o início para cá. Inicialmente com muitas influências das bandas Brasileiras e trazendo um Black/Thrash. Procede?
É verdade. Desde o início procuramos reunir nossas influências com uma forte base sul-americana e brasileira, já que uma de nossas principais influências é o Sarcófago. Conforme o Infaustes evoluiu, ele se desenvolveu naturalmente, mas ainda sem deixar de lado a influência de bandas como Sarcofago, Sepultura antigo, Impurity, Mutilator, Tormentador, Holocausto, Goatpenis, e todo metal brasileiro. Temos um respeito e uma honra especial por essas bandas, citando também Mausoleum e Mystifier, bandas que respeitamos e admiramos e para nós foram e são exemplo de atitude e fraternidade. Procuramos unir essa intensidade sul-americana com a sonoridade do black death/war metal e dar lugar ao que é a identidade musical dos Infaustes
O Punk e o streetpunk te traz influências também, seja sonoramente, como na construção da temática lírica?
O Punk tem sido uma influência tanto para mim, pessoalmente, quanto para a Necroluster (baterista). Pessoalmente, sou uma fiel seguidora do movimento Punk de todos os países. A influência de bandas como Discharge, The Varukers, Chaos uk, GBH, The exploited, Disorder, Blitz, G.i.s.m, Shitlickers, Fear of War, Agnostic front, o movimento sul-americano de bandas como os brasileiros Garotos Podres, Abuso Sonoro, Olho Seco. Sem dúvida o streetpunk/hardcore punk internacional desempenha um papel importante na minha identidade e isso reflete-se inevitavelmente na natureza conflituosa, direta e agressiva das letras e conceitos. De um modo geral, como banda as nossas influências residem principalmente na fusão de tudo o que nos inspira de forma mais colectiva, bandas como Sarcofago, Goatpenis, Tormentador, Blasphemy, Blasphamagoatachrist, Holocausto, Impurity, Revenge, Conqueror, Archgoat, Beherit, Death Worship.
Falando nesta modificação sonora, é possível sentir influências mais claras de bandas hoje como Glorification e Blasphemy e isto ultrapassa a influência, percebe-se uma aliança entre vocês bem forte, trazendo apoio mútuo; onde estão sempre sendo citadas por eles, e vocês a eles, dividindo palcos e explanando a admiração que ambos tem um pelo outro. Como se deu esta conexão?
O pessoal do Glorification foi e é um suporte fundamental para o Infaustes. Eles nos aconselham constantemente e nos ajudam a evoluir e chegar onde queremos, porque o Glorification é uma banda com muito mais experiência. Quanto a Blasphemy, a ligação foi se dando de uma forma verdadeira e sincera até que uma aliança foi forjada. Blasphemy sempre foi um modelo para a Infaustes, tanto musicalmente quanto ideologicamente, e o apoio que recebemos deles é motivo de honra e compromisso total com o underground. .
O cenário Brasileiro sempre abraçou a Infaustes, e agora mais que nunca vocês fazem parte do catálogo do selo Brazilian Ritual Records, que este ano lança a segunda demo “Eradication Chants: Primeval Decay’’, com lançamento em CD previsto neste mês de agosto. Como se deu este convite?
É verdade, a cena extrema brasileira sempre foi um suporte fundamental para a banda. Estabelecemos uma aliança com o Eduardo Beherit na primeira edição do “Black metal Warfare I”, onde dividimos o palco com Wolflust, Goatpenis, Blasphamagoatachrist e Glorification. Desde então temos a honra de fazer parte do selo Brazilian Ritual, ícone do underground mais extremo.
Como mulher, não posso deixar de trazer um assunto que pode ser maçante e por muitas vezes clichê, mas que é de extrema importância. Falando por mim, e por muitas mulheres que conheço, em algum momento passou por situações de preconceito, machismo… Quanto Mburukuja Vázquez já passou por algo? E quanto Infaustes? Se sim, poderia compartilhar?
Com a infaustes, nossa visão é sempre direta, na cara, voltada para a ação e respeitamos quem pensa e age da mesma forma. Em nossa trajetória já traçada como banda até agora, não houve nenhum comentário ou preconceito em relação a nós diretamente, talvez tenha havido em fofocas, mas nunca de forma direta. Valorizamos única e exclusivamente apoios significativos, a nossa filosofia é deixar sempre que as nossas ações e compromisso falem por nós. Qualquer fato ou comentário que não contribua em nada para nós é inexistente e inconsequente tanto para mim quanto para a banda.
Após o lançamento da demo “Eradication Chants: Primeval Decay’’, quais são os próximos planos? Alguma apresentação em vista no Brasil?
Planejamos nos concentrar em escrever novas músicas e continuar evoluindo. O próximo festival em que tocaremos será ao lado de Glorification, Najash, Ejecutor, Master of Cruelty, Violent Attack e etc. Vai ser num Festival tradicional do underground paraguaio, chamado Necroblasphemy, em novembro deste ano. Estamos sempre entusiasmados com a ideia de tocar em terras brasileiras e reencontrar nossos irmãos. Estamos preparados para encarar o futuro.
Obrigada por compartilhar um pouco da História de luta e força da Infaustes, a Lucifer Rex sempre estará de “tela aberta” para vocês.
Agradecemos pelo espaço! É uma honra fazer parte da Lucifer Rex Magazine! Nos encontraremos nas intermináveis cruzadas da batalha perpétua!
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