OS FANTASMAS SE DIVERTEM – Beetlejuice Beetlejuice.
Todo mundo que gosta de cinema, certamente conhece Tim Burton. Todo mundo que conhece Tim Burton, também conhece muito seu estilo. Tim Burton é um daqueles realizadores que se ama ou se odeia, e um dos mais icônicos diretores de cinema que preza muito pelo seu estilo. Estilo esse que Burton faz questão de repetir e repetir e repetir ao longo de toda sua trajetória. Terror com elementos fantásticos é sua marca registrada junto com uma pitada certeira de gótico e carregado de excentricidades. Bom, se você ama o diretor, provavelmente você irá amar Beetlejuice 2- os fantasmas ainda se divertem.
Tim também usou uma boa parte do elenco original na sequência dando uma veracidade ao trabalho, acompanhada da queridinha Jenna Ortega, que explodiu no streaming como Wandinha na série homônima, onde ao meu ver, Tim Burton se sairia muito bem em dirigir a mesma…
Beetlejuice 2 com certeza é uma obra caricata e faz jus a boa fama que tem levado, pois, o filme nos leva ao final dos anos oitenta e energiza toda a reputação do primeiro filme, trazendo elementos que retomam a primeira obra com figurinos e a clássica canção Banana-Boat-Song repaginada.
A sequência do primeiro filme se dá quando eles retornam para a casa Winter River onde três gerações da família se reúnem devido a uma tragédia familiar.
Beetlejuice volta com força total e a ironia de sempre, onde a diversão toma conta, provando que Michael Keaton era a primeira e única opção para reinterpretar o papel principal.
A vilã interpretada por Monica Bellucci, tem uma força importante, principalmente na cena em que surge se recompondo em pedaços, onde ao meu ver, a diversão começa justamente ali.
Cabe a mim dizer, que Beetlejuice 2 é no mínimo espetacular e no máximo imperfeito, porém essas duas distinções fazem com que a trama, mesmo com alguns absurdos realizados na obra, (como uma serpente gigante aparecendo em animação) não combinando com tudo aquilo que está se passando, não atrapalha em absolutamente nada na genuinidade e nos conceitos rotineiros de Tim Burton.
Beetlejuice é divertido, excêntrico, noventista e exuberantemente fiel ao primeiro filme e aos moldes de nosso querido diretor.
Escritor, músico e entusiasta do cinema.
Como escritor, tenho 5 livros publicados, participação em diversas antologias.
Como músico, fui baixista e vocalista da banda Abuso Verbal e atualmente vocalista da banda de Metal Punk “Roto”.
No cinema, já escrevi críticas para o site Cineset, diversos fanzines como, Sindicato dos Assassinos e também divulgo análises no feed do meu instagram.