Hoje nosso papo informal é com Gustavo Fernandes, guitarrista da banda de Epic Doom Metal , UNHOLY OUTLAW. Ele nos conta um pouco da trajetória da banda, os planos para o futuro e as expectativas para a participação no Night of Doom Festival.
Por: Robson Medeiros (*)
Saudações Gustavo. Me fale um pouco de como começou o UNHOLY OUTLAW e como vai o trabalho até aqui.
O UNHOLY OUTLAW começou com a reunião de amigos e que trabalhavam na mesma empresa e que tinham em comum as mesmas influências musicais, desta forma, resolvemos nos reunir para formar uma banda afim de tocarmos os sons que sempre ouvíamos, assim formamos uma banda tributo, pois em nosso setlist constavam músicas do Black Sabbath, Judas Priest, WASP, Candlemass, Motorhead, Grand Magus, Grave Digger, Exciter, Cathedral, entre outras. Isso se deu no período de 1999 à 2009, quando então sentimos a necessidade em nos expressar através de composições próprias e assim, no mesmo ano, lançamos nossa demo autointitulada. Posterior a isto, lançamos mais dois trabalhos, “Dark Wings” e “Kingdom Of Lost Souls” e atualmente estamos trabalhando em novas composições.
Como você enxerga a receptividade do publico com o UNHOLY OUTLAW ?
Felizmente desde o início de nossas atividades, o UNHOLY OUTLAW teve uma grande receptividade do público, tanto na fase de banda tributo, como também quando resolvemos dar uma guinada para banda autoral. O apoio e suporte até hoje foram fantásticos e muito acima de nossas melhores expectativa
Eu tenho o prazer de ter seus dois albuns.Enquanto o “Dark Wings” me soou mais Traditional Doom, o “Kingdom Of Lost Souls” é absurdamente Epic Doom pra mim, mas não me soa datado, me parece um som bem moderno, mas ainda Doom Metal.È isso mesmo?
Sim, também vemos da mesma forma, pois “Dark Wings” foi composto por músicas com uma forte influência do Heavy tradicional, stoner e já flertando com uma fase mais Heavy ou Epic Doom, que se concretizou no álbum “Kingdom Of Lost Souls”, com uma tendência mais pesada e sombria, com temas mais instrospectivos e obscuros, com uma sonoridade mais densa, mas como você disse, sem soar datado e com uma produção crua e direta mas com qualidade.
Durante a sua trajetoria percebi que a banda passou por algumas mudanças de formação mas que não alteraram o som da banda. Isso sinaliza uma proposta muito clara de som. Isso significa que a banda manterá essa proposta no proximo trabalho? Me fale um pouco sobre isso.
Exatamente. Como toda banda, passamos por muitas mudanças de formação, mas sempre tivemos a preocupação e o cuidado em não mudar o nosso foco e nos mantermos fiéis a nossas influências e entendimento de como a UNHOLY OUTLAW deveria soar e, evidentemente, isso se refletirá em nosso próximo trabalho, o qual já iniciamos as composições.
Vocês tocarão em São Paulo com outros bons nomes da cena Doom Metal e com a lenda viva do Doom Metal nacional, a The Cross. Como se deu tudo isso e quais as expectativas da banda com esse evento?
GF: Primeiramente, gostaríamos de agradecer à produção do evento pela oportunidade e honra concedida ao nos convidar para esta celebração ao Doom, onde estarão reunidos grandes representantes desse estilo e nossa expectativa são as melhores, com a certeza de que o público comparecerá em grande número, prestigiando e apoiando as bandas.
Falando nisso, como vc avalia a cena doom metal em São Paulo e no Brasil?
Com relação as bandas, hoje temos no Brasil grandes representantes do estilo, não devendo nada as bandas gringas, com ótimos álbuns e apresentações ao vivo de grande qualidade. Já com relação ao público, é evidente que a predileção do headbanger brasileiro recai sobre estilos mais rápidos e extremos, como o Trash, Death e Black Metal e as bandas de Doom estão meio que na contramão desta tendência, mais alinhadas com a tendencia da cena européia, onde o estilo tem muita força e adeptos, mas esperamos que a cada dia possamos despertar mais interesse por parte do bangers e fortalecer um pouco mais esse estilo de musica underground aqui no Brasil.
Solta um spoiler para nossos leitores e nos diga os planos da UNHOLY OUTLAW para o futuro.
Como mencionei anteriormente, hoje estamos na fase de composição de novas músicas e que farão parte de nosso próximo ábum, ainda sem título, mas garantimos que estamos trabalhando bastante para que o resultado final seja superior ao “Kingdom Of Lost Souls”.
Muito obrigado pela entrevista.Deixe suas considerações finais para nossos leitores e para os fãs de doom metal e da UNHOLY OUTLAW.
A princípio quero agradecer em nome da UNHOLY OUTLAW pela oportunidade em participar desta entrevista, assim como, agradecer também a todos aqueles que de forma direta e indireta contribuíram para que a cena Doom se fortalecesse ao longo dos anos, conclamando o público a apoiar as bandas autorais, as bandas do underground que com seu talento, muito esforço e dedicação fazem as coisas acontecerem, mesmo encontrando tantas dificuldades. Stay Doom !!!!!!
Confiram os dois álbuns:
(*) Entrevista realizada por Robson Medeiros:
Guitarrista e vocalista na banda Lugubres
Guitarrista na banda Dying Poems e Tristis Symphoniam
Todos os instrumentos no projeto In Lacrimae
Responsável pela produtora Blestemul Music Productions