The Kryptik chega em seu terceiro trabalho, álbum “A Journey to the Darkest Kingdom” lançado pelo selo alemão “Purity Through Fire” e o que temos aqui é um Black Metal bem melódico e sinfônico com uma grande variação em sua linha de teclados toda aquela linha nórdica de som entre Dimmu Borgir dos álbuns Stormblåst, Enthrone Darkness Triumphant algumas passagens que faz lembrar Dissection, Borknagar, Emperor e Limbonic art, as músicas variam entre 8 a 12 minutos, álbum que contém 7 faixas bem intensas onde reina a atmosfera dos teclados deixando tudo em um clima viajante e épico, e tudo feito por esse duo F. Tormentor (Drums) E D. Sinner (Vocals, Guitars, Bass, Keyboards).
A faixa de abertura e a faixa título “A Journey to the Darkest Kingdom” com seus 11 minutos tem seu início uma introdução com trovões em uma atmosfera sombria, uma verdadeira viagem obscura que logo ganha aquela pancada, aquele andamento sinfônico na melhor linha das bandas do estilo, uma faixa onde predomina o trabalho de teclado. “Into the Blasphemy Ritual” é uma faixa muito boa com uma atmosfera mais épica com riffs sólidos e com uma variação musical entre vocais limpos e destaque para as linhas de vocais com uma pegada Dimmu Borgir. “The Rotten Wounds of the Blessed” é a terceira faixa, que é a faixa mais “curta” com seus 7:53, uma condução musical muito viajante onde as linhas de teclados fazem toda atmosfera sombria e ao mesmo tempo épica de momentos mais contidos. A faixa seguinte “Unhallowed” tem uma pegada mais brutal onde notamos com evidência as influências musicais nórdicas da banda onde também é mesclada as linhas de vocais, uma faixa bastante atormentadora de um andamento bem insano. A quinta faixa “Bloodthirsty the Mighty Bestiary” tem um andamento musical muito empolgante, com um trabalho de bateria onde os bundos trabalham com muita eficiência, riffs bem marcantes tudo muito bem orquestrado com um momento de pausa musical onde o andamento soa um tanto melancólico e sem perder a identidade musical. “The Sovereign Whore” tem um belíssimo dedilhado acompanhado de uma atmosfera de teclados épica e viajante casando perfeitamente no ambiente musical que logo ganha aquela pancada sonora acompanhada por teclados que como sempre vão ditando sua atmosfera épica que algum momento na música ganha um andamento mais lento e bem viajante, uma faixa perfeita. “Opus Lucifero” é a sétima e última música do álbum, uma faixa instrumental muito bem orquestrada, em um direcionamento musical bem épico onde novamente as linhas de teclados fazem todo o trabalho atmosférico.
Um belíssimo trabalho que me surpreendeu, e em minha curiosidade fui ouvir o EP de 2020 e fiquei mais surpreso ainda, pois o EP é bem mais consistente que “Journey to the Darkest Kingdom, realmente um trabalho muito bem feito onde as músicas mesmo sendo mais extensas não são músicas repetitivas, é um trabalho onde cada faixa tem um segmento único em sua atmosfera, para os amantes do Black Metal sinfônico e melódico esse é um álbum perfeito.
Outro ponto que chama a atenção é a parte gráfica, uma belíssima arte onde não pude deixar de notar o trabalho de layout e design, o logo colocado no lugar certo deixando transparecer toda a beleza da arte da capa, que é um trabalho do meu amigo Weder Ferreira, toda a produção foi feita pelos integrantes da banda, realmente um trabalho que me chamou muito atenção em todos os quesitos.
1 – A Journey to the Darkest Kingdom
2 – Into the Blasphemy Ritual
3 – The Rotten Wounds of the Blessed
4 – Unhallowed
5 – Bloodthirsty the Mighty Bestiary
6 – The Sovereign Whore
7 – Opus Lucifero