A HISTÓRIA DE O – Livro

2009 - literatura francesa / romance francês / literatura erótica

Evil Books

Livro: A História de O

Autor: Pauline Réage

Editora: Círculo do Livro

Outro clássico que, além de ter pelo menos umas oito reedições apenas no Brasil, é facilmente encontrado em e-book e PDF no Google. Mas decidi resenhar para incluí-lo na minha lista de lidos e relidos. Vai que você que tá lendo a resenha, nunca ouviu falar do livro?

Publicado originalmente em 1954, sob o pseudônimo de Pauline Réage, A História de O é uma obra que transcende seu caráter literário, desafiando normas culturais e sociais tanto de sua época quanto dos dias atuais.

O livro explora o erotismo de forma intensa e, por vezes, perturbadora, oferecendo uma narrativa que se equilibra entre o elegante e o selvagem. Caracteristica que me fez torná-lo meu livro de cabeceira por anos.

A edição brasileira que li,  reli e inclusive usei como referência quando estava escrevendo “Os 10 mandamentos do submisso(2024), possui 189 páginas e foi publicada pela Editora Círculo do Livro. É simples, mas com capa dura e um acabamento que, embora não seja luxuoso, é satisfatório.

Encontrei-a em um sebo, como uma relíquia que ainda provoca reflexões profundas sobre submissão, poder e a liberdade sexual.

A trama acompanha “O”, uma jovem fotógrafa que, por amor a seu amante René, aceita se submeter a práticas extremas de dominação em um mundo onde prazer, dor e entrega total se entrelaçam. À medida que avança em sua jornada, primeiro em Roissy e depois sob o comando de Sir Stephen, ela perde sua identidade, mas encontra prazer na submissão, questionando os limites da liberdade e do desejo.

Com uma narrativa elegante e intensa, o livro incomoda os mais frágeis, mas provoca reflexões profundas, evidenciando como o que pode parecer humilhante e servil para uns é instigante e excitante para outros.

A História de O não é uma leitura leve ou romantizada, mas uma experiência literária impactante, que força o leitor a confrontar seus próprios preconceitos.

Resenha por Alexandre Chakal em Janeiro de 2025.

Originalmente publicada na página EM CARNE VIVA E CRUA:

@emcarnevivaecrua/