Nascida no seio militar, na cidade de Belém, estado do Pará, a Cidades da Mangueira lhe apresentou o Metal em um distrito repleto de limitações. Seguindo o exemplo de outros marginais, acabou por se espelhar nas atitudes e músicas que esses ouviam.
Seu primeiro contato foi com Cannibal Corpse, por volta dos seus 14 anos. Sempre era a mais nova de grupo de HeadBangers em que estava, então, sua postura teve que ser sempre mais agressiva para ser ouvida. Claro, que o início de tudo, quando criança, queremos ser levados em consideração pelos mais velhos, principalmente quando esses mais velhos foram os primeiros a fazer algo que admirava. É quase que um caminho natural, para um jovem, querer se espelhar em quem admira.
Nos primeiros anos conhecendo o Metal Underground, começou a fazer e colecionar zines. Adorava tudo o que lia, até as edições mais toscas eram encantadoras aos seus olhos.
Mandava cartas para todos os lugares, mesmo tendo acesso fácil à internet, porque gostava da satisfação de escrever, enviar flyers, trocar zines, etc…
Seu primeiro zine (e único até então) chama-se Obscure Death Zine, editado em sua primeira edição com cola e papel um pouco de word e vários erros de Língua Portuguesa. Foi uma edição que contou com a participação de: Uraeus, Defecation of Putrid Blood e DeathCrush. A segunda edição contou com: Sade, Demonized Legion, Kommandant, Eminent Shadow, Urtikaria Anal entre outras, nesta edição bem mais preocupada com uma estética para causar nojo e com o bom uso da Língua Portuguesa.
Em 2009, presenciou uma grande mulher tocando bateria de forma monstruosa em uma banda de Belém chamada Pure Hate. O Death Metal da banda, digno do Nome com outra mulher com um vocal devastador (Lucy), a fez decidir que; se fosse tocar algo, seria bateria.
Na bateria era a Gore Massacra, vulgo Iris Calandrini, que naquele momento lhe inspirou a seguir seus passos. No entanto, não foi adiante e não aprendeu nada. Ninguém aprende sem estudar!
Então, a vontade de aprender bateria, entrou na UTI e ficou lá até 2023, quando acordou do coma em um ensaio da horda Contos (Fortaleza-CE), do seu grande amigo Wiliano Daymon, onde estava seu “mestre”, um dos bateristas mais fodas do Ceará, atual front da horda Umbral dos Mártires e Baterista da Vox Satanas. Este, tocando baixo despretensiosamente, Nigérrimo Anima, vulgo Miguel Mendes.
Depois do ensaio deles ou em um intervalo, Danielly pediu para tirar um som de brincadeira para ver o que saia; saiu um monte de nada!
Dias depois, recebeu do Miguel o convite para fazer um “teste” no Umbral dos Mártires, grande banda Cearense de Black Metal, da qual era grande admiradora, Horda fundada por ele junto com uma outra grande mulher, Dea Síria.
-“Ele deve ter visto alguma coisa em mim, que nem eu mesmo via. Aceitei, claro, pois era ele me fazendo o convite. E então, marcamos o primeiro ensaio. Saiu alguma coisa, e então comecei a estudar o instrumento. Passado 1 ano após essa brincadeira no ensaio alheio, posso dizer que toco um instrumento e estou buscando constante evolução.’’-
Danielly Paes – “O homem está condenado a ser livre!’’
Danieely Paes é: baterista e vocalista da horda Cearence de Black Metal Umbral dos Mártires
CONTATO:
E-MAIL: obscuredeathzine@hotmail.com
INSTAGRAM UMBRAL DOS MÁRTIRES: @umbral_dos_martires
