Vomitava as próprias fezes liquefeitas e ainda era possível identificar pedaços inteiros de milho na poça de diarreia formada pelos jatos borbotoados pela sua boca e nariz. Pousou ambas as mãos no estômago e este se movia como se possuísse vida própria. Aquele homem tentou erguer-se, mas não venceu a gravidade e mais uma vez caiu de bruços.
Comprimiu a barriga e urrou expressando uma dor tremenda como nunca havia sentido. De joelhos apoiando a cabeça no chão, com ambas as mãos na barriga e berrando de cólicas, sua bermuda foi tomando uma tonalidade amarelo-amarronzada. Aquele homem estava defecando nas calças. Defecava pelo ânus e pela boca, como se não possuísse estômago e estivesse expelindo diretamente o bolo fecal alojado em seus intestinos.
Aquele homem estava se desfazendo. Seu hálito era pútrido pelos eventuais arrotos flatulentos seguidos da diarreia oral. Chorava de penúria e dúvidas porque que não conseguia compreender o que estava acontecendo. Tampouco eu sei. Observei de longe aquele senhor expelindo de forma ininterrupta uma quantidade de excremento que sequer caberia em seu corpo.
Com seu porte magro era possível contar-lhe as costelas quando mais uma vez o enjoo provocado pela enfermidade e o odor podre da poça de desarranjo o fizeram expelir mais um grande jato de fezes liquefeitas. Engasgava e eventualmente engolia a própria diarreia que implorava para ser expelida daquele corpo adoentado.
De supetão em uma fisgada de extrema dor abdominal, rapidamente desafivelou o cinto e arriou as calças até a altura do quadríceps. Suas nádegas estavam sujas de fezes e em mais um esbravejo doloroso, de joelhos, encostou o rosto sofrido no chão empoçado e vociferou de forma quase gutural ao expelir uma longa e putrefata névoa de flatulência, seguida de um grosso esguicho de diarreia que pareceu ter-lhe secado por dentro.
Não sei o que houve. Tampouco sei onde estou. Na verdade não creio que eu saiba muita coisa sobre o que houve, ou mesmo quem sou eu ou quem era ele. Sei que ele não se move faz tanto tempo… Acredito ter-me acostumado a este odor forte que envolve seu corpo sem vida. Sujo e envolto de uma enorme poça de lama fecal. Eu permaneço a admirar sozinho esta cena nefasta.
Por: Infragalaxia