No dia 29 de agosto de 2024, estreou no Brasil o thriller policial Longlegs, sendo um dos filmes de terror mais aguardado de 2024. Estrela renomada como Nicolas Cage, cai no colo e também nas graças do público interpretando o personagem homônimo, no que se identifica muito com seu jeito peculiar execrado em muitas de suas atuações, deixando-o confortável no papel do serial killer, onde o mesmo diz ter se inspirado em sua própria mãe para o papel. Ironia da parte dele ou não, Nicolas Cage cumpriu o dever, atuando, dando credibilidade ao protagonista, lembrando célebres antagonistas de outrora, misturando a sagacidade de um Hannibal Lecter com singulares e distintos tons estarrecedores.
A agente do FBI, Lee Harker (Maika Monroe), é convocada para reabrir um caso arquivado de um serial killer, que ao mesmo tempo, depois de dez anos, volta a cometer mais crimes. Conforme Harker se aprofunda no caso, e descobre pistas, ela se vê conectada de alguma forma com tudo aquilo.
O filme pouco se explica nos dois primeiros atos e a trama segue lenta, sem o clichê esperado por filmes de terror do século 21, como jumpscare (Método usado em cenas para assustar o telespectador, iniciado por filmes como O Grito, O Chamado e perfeitamente usado na franquia Invocação do mal), não deixando a desejar, mas uma certa monotonia durante uma boa parte da obra. Mas a genialidade do diretor Oz Perkins, que vem se comprometendo com o gênero há algum tempo, chega ao seu ápice nessa obra. Perkins faz um trabalho acima da média, dirigindo os atores para que tudo saia do seu jeito, e o seu jeito cativa. O filme é dividido em três partes (Isso está sendo comum, deixar explicitamente dito, ao meu ver…) onde somente no terceiro ato são reveladas as partes soltas de todo o quebra cabeça.
Então, se for assistir, espere sem questionar muito, pois tudo se explicará de forma explícita ao final.
Longlegs veio para mostrar que o terror se reinventa, mesmo modernizando obras antigas, nos levando sempre à surpresa.
Escritor, músico e entusiasta do cinema.
Como escritor, tenho 5 livros publicados, participação em diversas antologias.
Como músico, fui baixista e vocalista da banda Abuso Verbal e atualmente vocalista da banda de Metal Punk “Roto”.
No cinema, já escrevi críticas para o site Cineset, diversos fanzines como, Sindicato dos Assassinos e também divulgo análises no feed do meu instagram.