MOLTEN – Malicide (ADVANCED)

CD 2024 - Transylvanian Recordings

Álbum

Quem é da velha guarda e atua com divulgação no underground, quer seja em sites e blogs,  quer seja com fanzines ou canais no YouTube,  sabe a preguiça que dá em resenhar um material em formato digital. Não tem encarte para esmiuçar, não tem letras para traduzir, não tem ficha técnica, não tem como  atiçar os sentidos da visão e do tato que tanto dar prazer  dos agora chamados, colecionadores. Pra ser headbanger não precisa mais andar com o vinil debaixo do braço ou os CDs espalhados pela casa. Foi-se o tempo. Bons tempos.

Então hoje, para que eu possa fazer uma resenha de um material digital precisa ser um  advanced e precisa chamar aquela atenção que tira seu foco, seja dirigindo,  seja lavando as louças, seja fumando um   “beck”…

E foi num seja  desses, que os californianos do MOLTEN me chamou bastante atenção com seu Death Thrash Metal. O álbum “Malicide” tem data de lançamento para 6 de março com oito faixas de um competentíssimo Death Thrash Metal! As faixas são muito bem executadas e demonstram a qualidade técnica desse quinteto!

Com temas líricos que giram em torno de guerra, corrupção, turbulência interna, fantasia, horror e destruição mundial, o trabalho começa com ‘Festering Anamnesis’ num dedilhado que abre as portas para uma paulada sonora de abrir o crânio. Damon Lockaby na bateria destroe as estruturas dando suporte a bases de guitarra  num peso avassalador. Navegam  ainda na mesma faixa novos dedilhados e passagens acústicas com um toque experimental numa pegada Black Doom.

A faixa título do álbum é rápida e feroz, bem Speed, o baixo do mexicano Herman Bandala se destaca nessa faixa junto ao vocal de Brandon Bristol. A faixa ‘Pathogenesis‘ tem um grande, ou melhor, pequeno problema.  São apenas, empolgantes,  01:55 min. Rápida com riffs no melhor estilo Thrash Metal. Em seguida, temos umas guitarras distorcidas em ‘Scorched‘ que sofre variações de tempo no decorrer da música com linhas de guitarra muito foda e direta.

Uma avalanche chega em ‘Prophets of Greed’ com muito peso e riffs cortantes da dupla de guitarra Gary Godreau e Chris Corona.Os caras trazem muito feeling a faixa entre passagens rápidas e cadenciadas, além de solos bem encaixados.  Em  ‘Empires of Divinity‘, nos seus mais de nove minutos, umas passagens de riffs me trouxe a lembrança do Obituary e do Death.  O vocal de Brandon varia entre o gutural e o rasgado numa longa trajetória de riffs e com mudanças de tempo repentina, onde todos os músicos atestam suas capacidade e qualidade técnica. Simplesmente espetacular.

Finalizam com ‘Life of War’. Uma faixa nervosa, com riffs estilo Speed Black  cheio de variações. 

Confiram: