Talvez o mais interessante e positivo, seja a fórmula atual dos filmes de terror mais recentes. Esse crossover, entre o slasher e o terror, dá uma nova roupagem e modernização em um gênero desgastado e que muitas vezes fora repetitivo com o passar dos anos. Zach Cregger, soube muito bem, usar e abusar de humor, bizarrices e atuações no mínimo interessantes. No primeiro ato, onde Tess (Georgina Campbell), chega na casa em que alugou, e se depara com um hóspede, à espera do suspense é convicta, cativando os olhos do telespectador a imaginar qual será o próximo passo. As coisas demoram a acontecer, porém, o roteiro e os belos diálogos entre Tess e Keith (Bill Skarsgård) ajudam a ficarmos pregados na tela. Vale muito ressaltar a atuação de Bill, onde já fizera um excelente papel em O Diabo de Cada Dia, se mostrando versátil e com comportamentos distintos, naturalmente convincentes. O segundo ato, começa de uma maneira inversa ao primeiro, com um ensolarado cenário, dando um contraste pitoresco. A ousadia talvez, seja o comediante Justin Long. Uma sacada que poderia dar muito errado explorando um outro lado de atuação do ator, mas que, mesmo com um humor ácido, consegue altas notas de emoções, e convence de maneira genuína no papel. O suspense alcançado na obra, se dá conta de que, deixar o melhor para o final, é uma ótima sacada do diretor. O ponto baixo é que, não há muita explicação sobre alguns fatores, de como e porque existe o antagonista. Ao meu ver, quando se fala sobre, é vago e um pouco confuso. Talvez essa ideia seja proposital, já que a obra é sucesso garantido, para uma possível sequência. Noites Brutais, é uma genial obra, onde se resgata e inova o terror, um gênero repetitivo e desgastado com o passar dos anos, salvando e reinventando um novo jeito de fazer filmes desse gênero…
Escritor, músico e entusiasta do cinema.
Como escritor, tenho 5 livros publicados, participação em diversas antologias.
Como músico, fui baixista e vocalista da banda Abuso Verbal e atualmente vocalista da banda de Metal Punk “Roto”.
No cinema, já escrevi críticas para o site Cineset, diversos fanzines como, Sindicato dos Assassinos e também divulgo análises no feed do meu instagram.