Iarly Patricio, 29 anos é natural de Teresina – Piauí. Porém, há 08 anos reside em São Paulo.
Seu contato com a música sempre foi muito presente desde a infância, onde ouvia bastante rádio, vinis do seu pai, e através do contato com vizinhos que se reuniam na porta de casa para tocar e cantar…
Não demorou muito para que tivesse contato com a música extrema, aos 9 anos de idade ganhou seu primeiro CD de death metal, um amigo da família que percebia seu interesse por rock e música no geral, talvez prevendo algo ou por pura inocência, lhe presenteou com um CD de uma banda da sua cidade natal, chamada Zorates. Aquilo foi a maior porta de entrada para o underground na vida de Iarly. Esse amigo, que lhe presenteou com esse CD, era radialista e tinha um programa voltado para o rock, então ela sempre ia visitar o estúdio com sua mãe.
Para sua sorte, sempre esteve cercada de pessoas do underground, pois na rua onde morava tinha seu padrinho, que era seu vizinho, era guitarrista de uma banda e na mesma rua tinha mais dois músicos, também de bandas de death metal. Então, sempre rolava troca de material, empréstimos de cd, etc…
Com o passar dos anos o interesse só foi aumentando, e na escola, já adolescente, teve contato com o Black Metal, foi conhecendo algumas bandas e tendo contato com pessoas da cena local. A internet também foi um grande facilitador para manter contatos, fazer amizades com pessoas que partilhavam do mesmo gosto. O interesse por instrumentos também surgiu; ganhou a primeira guitarra com 13 anos. Seu padrinho a incentivou a aprender o instrumento, lhe dando dicas, alguns exercícios e assim fui seguindo. Anos depois se inscreveu para aulas de violino na escola de música, chegou a tocar em um recital, mas como já estava na faculdade, não deu continuidade às aulas. Anos passaram e ela continuou ouvindo som, conhecendo ainda mais coisas. Quando se mudou para São Paulo, em 2016, teve a oportunidade de ver várias bandas ao vivo, pois até então Iarly só ouvia em casa, já que nem sempre as bandas tocavam em todos os estados. Foi frequentando shows, conhecendo mais pessoas, fazendo mais amizades e sempre curtindo som.
Além do interesse por instrumentos, sempre adorou cantar. Então fazia covers de músicas que gostava, adaptações e suas versões. Assim, começou a montar seu home studio, que na verdade era só pra gravar seus covers, como hobby, algo para ela, começou a criar algumas composições e em 2023 um amigo lhe perguntou do porquê ela não montava um projeto. No começo ficou relutante, mas já tinha alguns sons gravados e foi quando surgiu a Mortem Solis.
Null Mortem–“Foi super importante pra mim, foi quando percebi que eu também conseguia fazer som, bastava se dedicar um pouco mais, aprender, ser paciente com o processo. Mortem Solis não é apenas um projeto, é parte de mim, onde consigo me expressar e ter voz.
Em resumo, a arte sempre esteve presente na minha vida, tanto pela música, como pela pintura, desenhos. O desenho/pintura também me acompanhou desde a infância, talvez por fuga da realidade, não consigo explicar, mas sempre esteve ali e sempre permanecerá. “
Além do seu projeto com a Mortem Solis, seu contato com o desenho também veio desde muito cedo, na escola, a matéria que mais gostava era Artes. Sempre foi a aluna que não tinha atenção nas demais aulas e rabiscava o caderno inteiro. Um dia a professora de artes, percebendo que gostava bastante da matéria, lhe emprestou um livro de desenho “Como desenhar com o lado esquerdo do cérebro”, e lendo o livro, fazendo exercícios, foi aprimorando no desenho. Com o tempo foi experimentando outros materiais, além do lápis e se apaixonando ainda mais com o processo. Com a pandemia e o isolamento, viu ali uma oportunidade em se dedicar mais aos desenhos e pinturas e foi quando surgiu a Nihil Art, sua página no instagram onde compartilha suas impressões e dores por trás de rabiscos, cores e texturas.
Não é uma página 100% comercial, por serem artes que exprimem seus sentimentos . Porém, a página é aberta a quem se interessar, tanto em adquirir as artes já existentes como também encomendar algo.
Null Mortem “- O que já ocorreu, como por exemplo uma cliente que perdeu sua mãe pro câncer e não teve oportunidade em conhecer a neta recém nascida, a cliente em questão pediu para que eu desenhasse a mãe segurando a neta, foi algo gratificante em poder proporcionar algo a alguém. O conteúdo das artes baseiam-se em sentimentos do momento, seja dor, angústia, alegrias, criatividade. Também junto o amor pela música e me inspiro em sons, bandas, letras nas quais me identifico.”
Null Mortem: “Arte é a salvação de um mundo doente”.
Null Mortem é: One Woman Band Paulistana de Raw Black Metal
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https://mortemsolis.bandcamp.com/
