Germânia, conhecida como Opus Mortis desde 1997. Conheceu o metal aos 7 anos de idade ouvindo Iron Maiden a contra gosto da família e continuou aumentando a densidade do som, passando por Tiamat e Katatonia, etc, no início da adolescência até chegar no Black Metal, conhecer a história do Dead do Mayhem e se identificar muito em muitos pontos. Além dos clássicos como Rotting Christ com quem teve o prazer de dividir palco recentemente, Sarcófago, dentre muitos outros.
Engenheira ambiental e atuante nessa carreira desde 2008, atualmente transiciona para a área de dados e designer. Desde que canta, também desenha, pinta, esculpe e isso significa muito tempo. Começou a cantar desde que “se entende por gente” e não chegou a fazer aulas no passado. Hoje , é parte da equipe de imprensa e responsável pelo design da Headbangers Brasil, além de ser redatora e fazer alguns trabalhos em parceria com a Morte Súbita inc.
Sua carreira no metal sempre caminhou ao lado da sua vida na magia. Quando conheceu o Black Metal também se tornou thelemita e, posteriormente, satanista e isso lhe abriu muitas portas também no ocultismo. Ser thelemita em essência é poder “observar as coisas do ponto de vista do sol”, ou seja, conseguir entender sua vida de uma perspectiva única.
A ritualística sempre fez parte das suas apresentações por todas as bandas que passou. Já pôde realizar um ritual satânico de destruição no palco, encenar a iniciação de uma ordem de magia do caos entregando sigilos mágicos ao público, e, ultimamente, sempre encenava partes do Liber Rubi Estrela. Aqueles movimentos não eram mera encenação, mas um ritual que levou mais de 10 anos para executar da forma correta.
OPUS MORTIS: “Tenho orgulho do meu caminho no ocultismo. Aprendi com minha tia e minha avó a arte da necromancia desde criança e o cemitério foi um parque de diversões pra mim. Ainda hoje, sou amante da arte Cemiterial e de tudo o que envolve a morte. Não atoa meu pseudônimo ser Opus Mortis, termo em latim que tanto pode dignificar a obra da morte quanto obra morta, ou simplesmente a própria Morte, aquela boa e velha amiga que caminha como nossa sombra e única certeza derradeira da vida.”
Opus Mortis também foi uma homenagem a ele, Pelle, o Dead. E não deixou de ser também uma homenagem aos clássicos da música erudita. Germânia teve uma formação clássica e fez aulas de teclado por alguns anos. Mas hoje, toca esporadicamente. Quando adolescente também tocava flauta doce e gaita.
OPUS MORTIS: “Cantar é algo que faço sem esforço e raramente desafino. Minha extensão vocal vai de graves profundos raros para uma mulher até agudos extremos. Classificar meu tipo de voz é um desafio. O timbre é dramático, porém a tessitura é tanto soprano quanto contralto, passando também pelo barítono e tenor. Brinco dizendo uma frase clássica da magia do caos “meu nome é legião pois somos muitos”. Sempre sonhei em fazer guturais e precisei aprender com menos de 1 mês. Hoje consigo fazer pelo menos 3 tipos de guturais mas prefiro o growl que combina com meu timbre grave.”
Germânia foi a voz da banda The Evil(Miss Aileen) por aproximadamente 7 anos. Conheceu o Antichrist(Iossif) por acaso num show da banda russa Arkona em 2012 e terminaram a noite no famoso Bolão do Santa Tereza com a The Evil iniciando ali. Em 7 de setembro do mesmo ano nascia Silver Razor, que ele compôs. Eles geralmente sentavam numa tarde de feriado ou sábado pra compor juntos. Quando THP entrou na banda, foi quando decidiram gravar o debut. Gravaram sem click, sem guias, as 3 primeiras músicas. Então o Hervè da Osmose entrou em contato e assinaram com a gravadora. Graças a isso foi possível lançar os discos aqui no Brasil e também gravar o disco novo. Dali uns meses gravaram o restante depois de compor tudo juntos. O segundo disco, começaram a compor em 2018. As 3 primeiras músicas tiveram sua marca apesar de terem ficado diferentes da versão original.
OPUS MORTIS: “na minha opinião, ficou um disco muito bom, melhor gravado.”
Quando ainda estava na The Evil o Antichrist sempre brincava dizendo: a Germânia é a única Black Metal da banda. Deixando a banda The Evil por vontade própria, devido a incompatibilidades de ideias que não cabem aqui no texto, seguiu na Paradise in Flames por cerca de 5 anos.
OPUS MORTIS: “No começo foi maravilhoso e tinha liberdade pra fazer o que queria. Depois de um tempo minhas opiniões começaram a conflitar com as dos demais e decidiram me tirar da banda. O disco novo quase não tem contribuições minhas e isso me incomodou bastante. Antes de ser expulsa eu já havia expressado a vontade de sair por 2 vezes. Entendi que minhas opiniões e contribuições já não representavam muito ali e havia me tornado apenas um adorno necessário na composição de um teatro que na minha essência eu já não sentia mais. Meu descontentamento foi entendido como implicância e comecei a ter muitas discussões. Minha presença se tornou insuportável. E com isso veio minha saída e também um afastamento de todos. Arte precisa ser sentida. Pelo menos eu vejo dessa forma. Se não sinto, não faz sentido. E quando não sou parte de um processo criativo, como vou sentir?”
Atualmente Germânia faz parte de 2 projetos pessoais que ainda vai demorar para lançar pois está com outras prioridades. Um deles de Doom e outro homônimo, de Black Metal, que é sua real essência. Integra mais 2 projetos, o (D.V.) e o Belial Oculto, ambos de post Black Metal e Black Metal Sinfônico. Além disso, fez uma participação no novo disco da banda The Damnation da sua amiga Renata Petrelli e foi convidada a participar de inúmeras outras gravações em outras bandas.
Destaque dessa história é o convite que recebeu recentemente do Brucolaques para gravar um single com a banda mineira Luvart.
OPUS MORTIS: “Conheci eles em 2011 num show em BH com uma intro muito especial, Ave Omen Satani, do filme A Profecia (The Omen) do qual sou absurdamente fã. E essa atmosfera de terror e horror dos anos 70, 80, sempre influenciou minhas composições e letras, em especial na The Evil. Esse show foi um divisor de águas. A intro do primeiro e do segundo álbuns da The Evil foram inspiradas nesse show/música. A do segundo álbum não foi gravada pois solicitei isso quando deixei a banda, bem como a que seria a última música do álbum.”
“Todo homem e toda mulher é uma estrela”, portanto tenha seu próprio brilho e órbita, não seja uma cópia e sim essência única, sobretudo, respeitando as órbitas das demais estrelas.”
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