O túmulo se abre e nele encontramos um amontoado de vermes, consumindo o que um dia foi um corpo humano.
Nada que não seja o ponto final de todos… o escuro e pútrido fim dos mortais. Como trilha sonora para uma visão dessas, sugerimos o som do WORM TOMB, com seu Death Metal simples, sujo e podre.
Formado no ano passado por Hans Donner (guitarra e voz), Weder Ferreira (baixo) e Victor Reis (bateria), integrantes que fazem parte de outras bandas e já possuem história dentro da cena underground brasileira.
Oriundos da região centro-oeste do país, O WORM TOMB tem influências das bandas seminais de Death Metal dos anos 80 e 90, onde particularmente me identifiquei com o velho som produzido pelo legista Dr. Chris Reifert e sua equipe médica do Autopsy.
Agora em 2025, a banda está prestes a retirar da cova raza, o EP “Terrifying Dimensions of Brutality” que sairá no formato físico pela Nihil Productions.
A arte do caixão, ou melhor dizendo, de capa, foi realizado pelo já renomado e conhecido no underground brasilero Emerson Maia e a pintura pelo baixista Weder Ferreira, que não deixou de destacar as cores vermelhas e verde, que fazem parte de uma cena terrível de brutalidade com sangue e secreções purulentas numa dimensão com cadáveres, ossos e restos humanos.
A crueldade em forma de música se inicia com uma rápida intro, lúgubre e um som do monitor de sinais vitais, para dá caminho a faixa ‘Cold Blood’. Como o título da música, ela é realizada friamente e cadenciada, como uma tortura praticada lentamente, cortando a carne frágil em finas camadas e deixando o sangue escorrer, enquanto ouvimos as vociferações grotescas de Hans sobre bases repetitivas e lentas.
A barbaridade tem continuidade em ‘Here Or In Hell’. O título nos parece uma afirmação de que não há pra onde fugir. Aqui ou no inferno o tormento será igual e estamos fadados a dor e angústia. Então que seja acompanhado de música suja, nojenta e para almas infelizes. Nos deparamos mais uma vez com uma sonoridade cadenciada, com várias passagens lentas e arrastadas, mas com muita ira, intensificada nas baquetas de Victor Reis, tendo algumas variações de tempo, que me levaram a lembrar de bandas como Fossilization.
A aflição nos atinge ao ouvir ‘Dead Planet’. A Terra está morta e é uma questão de tempo para se tornar uma enorme sepulcro no universo. Uma música nervosa e angustiante trazendo um Death Metal fúnebre para quem está fadado a cova.
Por fim, a indagação que todo ser humano faz, ao passar por esse mundo de misérias e momentos de total desespero, é representando pela faixa questionadadora : ‘Why I Am Here’. O WORM TOMB finaliza sua manifestação em forma de música, mais uma vez com uma sonoridade caracterizada pelo Death Metal cru e grotesco que se habilita a realizar, trazendo uma manifestação do que de sombrio o estilo pode oferecer aos seus seguidores.
Instagram: @wormtomb
Spotify: Worm Tomb